quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Orçamento de Estado 2011

Nestes dias a discusão política está apenas concentrada na aprovação do orçamento de Estado para 2011. As posições já tiveram bem mais extremadas, contudo temos agora discursos mais moderados.
O Ministro das Finanças tenta pressionar o PSD para dizer já que vai viabilizar o orçamento. Usando como justificação a crescente pressão dos mercados sobre a nossa dívida. Realisticamente nas últimas semanas o custo da dívida tem estado a cair... contrariando o que diz Teixeira dos Santos. Vejamos o gráfico:


Usámos como referência os 5 anos com a Obrigação com maturidade 10/15. Vemos que desde 29 de Setembro o custo de financiamento de Portugal a 5 anos passou de 5.80% para abaixo dos 5%.
O PSD por seu lado, não diz o seu sentido de voto sem conhecer realmente o orçamento de estado. Existem pressões internas para não aprovar o documento, mas não passará disso. O discurso de Passos Coelho para quem quer entender vai no sentido de viabilizar o orçamento. Mas só à última é que o vai dizer. Deverá ser com a abstenção,  se se mantiver as linhas gerais já apresentadas.
Independetemente disso para os Mercados o que mais importa é o orçamento. As linhas gerais já apresentadas representam os “serviços minímos” necessários. Agora o Mercado quer o orçamento aprovado. Mas mais tarde ou mais cedo, com FMI ou ainda sem FMI, mais se vai ter que fazer.
Mas atenção, a sua aprovação não irá representar uma queda acentuada no custro da nossa dívida, mas sim a sua execução... Foi isso que realmente faltou ao PEC II, e talvez seja por isso que hoje estamos como estamos. Temos que voltar a ser credíveis, o Mercado não quer só medidas, quer acções!

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