Muito tenho lido sobre os cortes que o governo prepara-se para fazer sobre os ordenados da função pública. Fala-se que são eles que têm que pagar a crise, havendo comentários até mais “fanáticos” que os culpam de todos os males deste país.
Apesar da minha opinião sobre os cortes necessários no orçamento, não fico obviamente contente com a situação das pessoas que vão sofrer este tipo de cortes.
Vamos por momentos imaginar que o Estado é uma empresa, e que neste momento estava a passar por uma situação financeira complicada. Quais seriam as medidas a adoptar? Mais que cortar os salários, não seria antes preferível dispensar alguns trabalhadores? Provavelmente sim. Optaria por dispensar primeiro aqueles que já não têm funções vitais para a empresa, e em segundo lugar provavelmente os que oferecem menos rendimento no seu trabalho.
No final do dia a empresa seria composta por menos trabalhadores, mas que eram mais produtivos e mais essências para a empresa. E nenhum destes trabalhadores perdeu as suas regalias, os seus benefícios e o seu salário.
Será que não estarão todos a pagar pelos males só de alguns?
Talvez a alteração constitucional do despedimento na função pública não fosse um atentado ao Estado social, seria sim uma verdadeira justiça social!
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