terça-feira, 2 de novembro de 2010

Voltamos aos Fundamentais

Após uma negociação atribulada, digna de uma telenovela mexicana, finalmente temos acordo entre o PS e o PSD sobre o orçamento de Estado para 2011.

E como é que o mercado reagiu:

Taxa de Juro da Dívida Portuguesa a 3 Anos



Taxa de Juro da Dívida Portuguesa a 5 Anos


Taxa de Juro da Dívida Portuguesa a 10 Anos

Surpreendidos? Pois bem, eu não. Já tinha alertado que a aprovação do orçamento não ia fazer com que o juro da nossa dívida caísse. Quem apregoava isso eram os nossos políticos - os reis da dramatização - que faziam tudo para que acreditássemos que a aprovação do orçamento seria como a nossa salvação.

Nada se salvou, as nossas contas públicas continuam na mesma. Então como se explica o que ocorreu nos mercados? Simples: O mercado estava apenas focado com o evento de curto prazo - a aprovação do orçamento. À medida que as notícias saíam com vista à aprovação do orçamento, o mercado ia corrigindo. A excepção foi apenas nos dias em que as negociações foram interrompidas, conforme podemos ver no gráfico. Agora que tudo já passou o orçamento vai ser aprovado, o mercado volta a olhar para os fundamentais. E é isso que ele está a ver e é isso que ele está a fazer!

3 comentários:

  1. Esses gráficos e chinês são o mesmo para mim. A mim, para perceber o estado do país, chega-me ler os comentários no Diário Económico. Mas é ainda mais fácil se me sentar numa esplanada e olhar o rosto de quem passa.

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  2. Com um pouco de atenção e com "olhos de ver" (como diz a minha avó), percebe-se bem os gráficos.

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