domingo, 28 de novembro de 2010

Dinheiro sem Trabalho

Não, não vou falar do Euromilhões de 45 milhões de Euros que foi para a Madeira. Já agora aproveito para felicitar os vencedores e dar-lhes apenas um conselho: usem o dinheiro com cabeça.
Vou aproveitar o momento de humor que andamos a viver aqui no blog, para passar uma reportagem que representa bem a nossa triste realidade.
Na sexta-feira passada, após mais uma publicação do meu comentário diário no blog fui ver um pouco de televisão. Estava a dar o programa “Lado B”, do Bruno Nogueira, na RTP1. Sinceramente, não tenho muita paciência para ouvir as entrevistas às pessoas que vão ao programa, mas admito que ele tem especial graça quando faz aquelas reportagens. Depois de mais uma semana negra, o humor faz esquecer tudo! Vamos então ver a reportagem, e peço-vos especial atenção ao elemento mais novo a ser entrevistado:
http://www.youtube.com/watch?v=BwG5rMDxuAw

Pois bem, palavaras para quê? Tirem as vossas conclusões! Para mim isto representa uma coisa: A política facilitista que emergiu nos últimos 15/20 anos em Portugal, onde as gerações mais novas estão embebidas no espírito de que o Estado garante tudo a todos, independentemente da responsabilidade individual do seu sucesso.

3 comentários:

  1. Portugal foi um país rural até à segunda metade do sec. XX. Não se pode perceber Salazar e tudo o que aconteceu depois sem perceber isto primeiro.

    Os portugueses de ontem e de hoje não foram educados na ética protestante e calvinista do trabalho nem se puderam apoiar e ter o exemplo de fortes comunidades judaicas onde se cultivam a iniciativa e a empresa.

    Na verdade, deixámos passar ao lado a revolução industrial durante dois séculos e para a encontrar os melhores de nós tivémos que emigrar como hoje a voltar a fazer.

    O terrível ciclo Cavaco-Gueterres-Sócrates com os aparelhos dos partidos do poder a assaltar o estado e a sociedade, o dinheiro fácil, o clientelismo, a corrupção nada contribuiram para inverter esta situação e impor os valores do esforço, trabalho, disciplina.

    Somos essencialmente um povo e uma sociedade ineficiente. Numa escala de eficiência de 0-100 a Alemanha seria 99 e Portugal 0.

    O jovem do programa tem plena justificação. Entre nós o dinheiro sem trabalho é uma ambição legítima.

    Temos imensas histórias de "sucesso" que o provam.

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  2. Estou de acordo com o comentário de sertorius e penso que completa muito bem o post hoje do autor do blog.

    No entanto, existem muitos portugueses que não sendo protestantes, calvinistas ou judeus cultivam todos os valores do esforço, trabalho e disciplina.

    Como resultado, são profissionais reconhecidos com sucesso e remunerações muito acima do normal.

    Terão todos fortunas colossais? Duvido mas pelo menos são pessoas realizadas profissionalmente e com vidas bem preenchidas.

    Então, onde estão eles?

    Receio bem que a maioria esteja fora do país onde os seus talentos são reconhecidos e estimulados e onde os seus colegas de trabalho os apoiam e partilham o seu sucesso.

    Em vez de, como é habitual neste canto de gente triste, tudo fazerem para os destruir como profissionais e como pessoas.

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  3. Sem querer estar a meter-me na conversa parece que vivemos num país ...

    ... SEM DINHEIRO E SEM TRABALHO!!!!!!!!

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