Ontem assistimos à primeira de muitas greves que iremos ter neste país nos próximos tempos. Será também a mais pacífica, dado que só tende a piorar. Maior o sacrifício das pessoas, maior é o seu desespero.
Eu vejo a greve como um direito e respeito esse acto. Posso concordar ou discordar com a forma e conteúdo das greves. Mas ontem houve um pormenor que me desagradou muito, que representa a inconsciência das pessoas, a manipulação dos sindicatos e dos conceitos de esquerda neste país: A greve na Autoeuropa.
A Autoeuropa é considerada uma empresa de referência em Portugal, não só devido ao trabalho com também à relação dos trabalhadores com a administração da empresa. Conseguiu, com o esforço de todos, manter-se em Portugal e até aumentar o volume de encomendas para os próximos anos. Os trabalhadores vão, por isso, ser compensados com um aumento de 3,9% do seu salário para o próximo ano, para além de muitos passarem a contratos de trabalho. E fazem greve?!
Não tenho palavras para descrever tamanha estupidez. Quando todos andamos a ver a nossa capacidade de compra a diminuir, quando o trabalho escasseia, quando a nossa economia entra em recessão, alguns (felizmente) conseguem ter mais benefícios nos salários, nos contratos de trabalho e ainda fazem greve?! Isto apenas demonstra a ignorância sindicalista que existe em Portugal.
Um dia choram porque a empresa vai fechar as portas e muda-se para outro país onde não se brinca com o trabalho…
É verdade. A nossa estupidez não é um espanto?
ResponderEliminarPodiam ter sido solidários com os motivos da greve e dizer que iam produzir naquele dia para assegurar o futuro do país e contribuir para reduzir a nossa dívida e os nossos impostos.
Quando foi anunciado os termos do recente acordo de empresa, em contraciclo com a nossa realidade, a administração disse que na AutoEuropa o ciclo é o alemão (expansionista, repartidor de lucros com os trabalhadores).
O sr. Chora concordou e guardou o dinheiro. E depois fez greve.
É português. É estúpido. Está tudo dito.
Ou então como diz o ditado popular;
ResponderEliminar"Deus dá nozes a quem não tem dentes!"
A Autoeuropa é, de facto, um exemplo de sucesso em Portugal muito pelo facto de ser uma empresa transnacional e, por isso, estar completamente integrada no tecido produtivo português. Contudo, quanto aos motivos que levaram os trabalhadores da Autoeuropa a aderir a esta Greve Geral, permitam que vos deixe uma nota: o aumento dos 3,9% não contemplou os operários da empresa.
ResponderEliminarEntão, o aumento dos 3,9 % na autoeuropa foi para quem? As mulheres da limpeza????
ResponderEliminarAlém da garantia de estabilidade e segurança dos postos de trabalho existentes e a integração dos precários nos quadros da empresa????
Let´s be serious, shall we?
O responsável por este blog que parece perceber do que fala podia explicar umas coisas ao sr. Costa Pina que se sacrifica como Secretário de Estado do Tesouro.
ResponderEliminarAquela sumidade disse hoje que a atenção dos mercados está agora virada para Espanha, subentende-se a credibilidade da nossa posição, não é?
O que se passa é que a intervenção da EU/FMI em Portugal é para os mercados um dado adquirido como Sua Excelência sabe e os números certificam.
A questão crítica agora é a Espanha. Portugal já era.
Estes canalhas gozam com a nossa desgraça e insultam a nossa inteligência.