Estamos a viver as piores horas do regime político que nasceu em 25 de Abril de 1974. Por isso, nos tempos que se aproximam, tudo irá ser posto em causa por todos, desde a “revolução dos cravos” até à própria democracia.
Neste blogue, temos alertado aqueles que nos seguem para esta realidade: temos um sistema socio-económico frágil e desequilibrado, um sistema politico-partidário corrupto e ineficiente, um Estado gordo e vulnerável.
Pois bem, tudo isto resulta da democracia como nós a vivemos e praticamos. Será, então, a democracia um regime tão perfeito como sempre nos fizeram acreditar?
Em democracia, temos o direito de escolha e, perante a lei, o voto, expresso por cada um, tem o mesmo peso na contagem final de cada eleição. Independentemente da nossa posição social, sexo, idade, cor da pele, ou saldo da conta bancária.
Mas se temos este direito, que é um verdadeiro poder nas nossas mãos, será que todos temos capacidade de o utilizar para o objectivo do bem comum? Será que todos estamos informados e cientes como o nosso país está e quais são as melhores soluções?
Não é possível termos uma democracia eficiente num país com um baixo nível de educação. Como é que vamos dar o poder da decisão a quem não sabe e só escolhe por uma cara bonita… e, depois, essa escolha vai afectar toda a comunidade?
Como é que uma democracia funciona sem justiça? Onde ninguém é responsabilizado pelos seus actos, onde os criminosos saem impunes nos seus crimes, onde os agentes da democracia (políticos) são mentirosos e corruptos… e nada lhes acontece.
É fácil manipular a população, cativar o seu poder, cativar o seu voto. Basta utilizar o poder que os políticos obtêm quando ganham eleições. O poder de fazer tudo com o dinheiro do Estado, que é o dinheiro dos nossos impostos, em seu benefício pessoal, dos seus amigos e dos interesses que o seu partido representa. Antes de cada eleição, basta distribuir as habituais “benesses” à população numa forma populista para “defender os mais necessitados”, subsidiar a preguiça e comprar votos. E tudo isto é feito com o nosso dinheiro para ganhar as eleições e conservar o poder.
Será este o objectivo do Estado? Eu penso que não. Em 37 anos, por duas vezes, vimos o apetite insaciável do Estado assaltar a sociedade e devorar a economia. No primeiro caso, logo após o 25 de Abril de 1974, os desmandos da revolução levaram-nos perto da bancarrota. Agora, no segundo caso, seguimos o mesmo caminho e fomos ainda mais longe … estamos na bancarrota!
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