Existe uma discussão dentro da zona Euro relativamente à emissão ou não de Eurobonds – Títulos de dívida da Zona Euro – onde todos os países serão solidários no pagamento dessas obrigações.
Para variar, a Alemanha já se mostrou contra enquanto os outros países (periféricos) querem que seja estudada esta solução.
Os discursos são, mais uma vez, muito diferentes o que demonstra uma completa desunião dentro da Zona Euro. Hoje vimos, quase em simultâneo, comentários sobre este tema por parte de responsáveis da Zona Euro:
Merkel – European treaties “don´t allow eurobonds as far as we´re concerned”
EU´S Rehn – Eurobond is “Intellectually Attractive”
Spain´s Salgado says Eurobond is possibility to be explored
Greece´s Papandreou – Need to seriously discuss Eurobonds
Pessoalmente, acho que esta solução não se enquadra no contexto actual. Existem muitas questões sem resposta que, para mim, são fundamentais: Quem é que gere o dinheiro obtido na emissão das obrigações? Qual será o critério de disponibilidade de fundos? Como é que será repartido o custo dos juros? Esta solução só funcionará num quadro de políticas orçamentais comuns, num contexto de políticas económicas e fiscais comuns, coisa que ainda não acontece. Acredito que no médio / longo prazo esta solução, após uma maior integração económica dos países da Zona Euro, poderá funcionar.
Até lá, continuaremos a ouvir a Europa em várias vozes, muitas vezes discordantes. Pegando no comentário de ontem e nas palavras de Horta Osório:
Em situações de grande crise um líder deve ser "militar", ou seja, ter mão firme nas exigências e pôr a equipa a participar na gestão da crise, aconselhou. Nessas alturas, "as equipas mais do que esperar o que a empresa pode fazer por elas, devem reunir-se em torno do líder".
Mas será que a Europa tem um líder?
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