quinta-feira, 10 de março de 2011

Voluntário ou Involuntário

Hoje li um comentário muito interessante de um analista sobre o expectável pedido de ajuda de Portugal ao FMI/EU. Para ele esse facto já é inegável, agora a forma do pedido de ajuda é descrita em duas formas:

De forma voluntária, através de Portugal aceder à insistência dos restantes países Europeus, admitir a necessidade de ajuda e preparar de uma forma correcta o nível de ajuda.

A outra forma, que para o analista parece ser a mais provável, devido ao modo como nosso primeiro-ministro tem gerido esta situação, é a forma de obrigatoriedade, não pela exigência dos nossos parceiros europeus, mas sim pela falta de dinheiro.

Muitos pensam que o Estado é risco soberano e tem dinheiro por todos os lados, mas essa ideia é incorrecta. Tem dinheiro com limites como uma família normal, tem que saber gerir de uma forma correcta, senão cai em bancarrota. E é esse caminho que o Estado está a percorrer.

Não interessa se estamos a baixar o nosso défice, ainda o temos! E temos que arranjar dinheiro para o pagar… todos os meses, todas as semanas! Só poderíamos estar a corrigir esta situação se estivéssemos a criar super-havits nas nossas contas porque, caso contrário, continuamos a enterrar-nos, a pedir crédito até ao dia que já não há mais ninguém para o emprestar, até ao dia que não conseguiremos pagar.

Este é o governo que temos, esta é a politica que temos… correr até morrer… Não parar para pensar e ver os factos concretos. Portugal paga já bem mais pela nossa dívida do que se estivéssemos a pedir ao FMI/EU, e não venham com conversas de perda de credibilidade porque essa já foi toda pelo cano abaixo já algum tempo.

Para concluir, achei bastante interessante o discurso do primeiro ministro na Alemanha após a reunião com Angela Merkel. Por um lado, fez um discurso “nacionalista” a dizer que Portugal sabe resolver os seus problemas sozinho e que ninguém pode impor nada a Portugal. Por outro lado, pediu medidas de apoio da Europa para resolver a crise, medidas dessas que não serão mais que dar dinheiro a Portugal.

Afinal, em que ponto ficamos…?

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