Saúdo o sucesso das manifestações de ontem nas principais cidades portuguesas, com destaque para Lisboa e Porto, e admito a minha supresa pela sua elevada adesão.
Muito deste sucesso foi alcançado, sem dúvida, porque assistimos à manifestação, não apenas de uma “geração à rasca”, mas sim de pessoas de todas as idades e condições. Não apenas militantes de esquerda e os seus habituais simpatizantes, mas sim gente de todos os quadrantes políticos, sociais e económicos, fora da órbita dos partidos e dos sindicatos. Por isso, a força e o impacto deste protesto, que só o tempo poderá confirmar, é o resultado dele ter sido transversal a toda a sociedade portuguesa.
Sobre o que os jovens promotores do protesto reclamam, já aqui dei a minha opinião. Não podemos querer ser todos efectivos, com emprego garantido para a vida, porque estamos a hipotecar da mesma forma o futuro dos nossos filhos.
Mas temos todos que exigir acesso ao trabalho remunerado com justiça, de acordo com o nosso mérito e o nosso esforço, esse sim, é um anseio de todos e mais que legítimo.
Para isso, o que faltou neste protesto foi pedir apoios concretos à criação de novas empresas por jovens licenciados que vão, assim, criar riqueza e promover emprego para outros jovens e menos jovens.
Esta geração à rasca é a mais qualificada de sempre, tem todo o potêncial e não pode ter apenas como ambição, e projecto de vida, trabalhar por conta de outrém. É agora ou nunca. Temos todos, de acordo com as nossas capacidades, que lutar para construir um país mais rico, mais competitivo e com oportunidades para todos.
Porque estamos todos à rasca!
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