quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

De Jovem para Jovem – I

Acredito que a maioria dos que acompanham este blog  julgam que o autor é um velho pessimista, um verdadeiro  “profeta da desgraça”.  Mas isso não é verdade.  Sou um jovem como muito outros, não me considero um pessimista e quem me conhece sabe que não o sou.

Escuto agora os jovens da minha geração a reclamar, como ouvimos na letra da música dos Deolinda, e já com as manifestações agendadas da “geração à rasca” prontas para descer a avenida.  Mas  será que têm razão?

Todos nós estudámos, uns mais  e outros menos,  e todos sonhámos ser alguma coisa “quando fossemos grandes”. Fizémos o 12º ano,  escolhemos e concorremos aos cursos  para aquilo que sonhávamos ser. Continuámos a estudar para nos formarmos e, tendo o futuro como horizonte, conseguir trabalhar na profissão escolhida em troca de algo ao final do mês.

Mas para muitos isto não passou de um sonho porque a realidade é bem diferente.

Arranjar trabalho só é possível para alguns e isso acaba por depender, não da qualidade de cada um como candidato, mas apenas da carreira que optou por escolher.  Aqui a diferença que os distingue são os empregadores potenciais para os diferentes cursos.

Se estão dependentes de oportunidades no sector privado é mais fácil encontrar uma saída profissional. Mas aqueles que têm, directa ou indirectamente, uma maior dependência do sector público não terão facilidade em arranjar trabalho.

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