Acredito que a maioria dos que acompanham este blog julgam que o autor é um velho pessimista, um verdadeiro “profeta da desgraça”. Mas isso não é verdade. Sou um jovem como muito outros, não me considero um pessimista e quem me conhece sabe que não o sou.
Escuto agora os jovens da minha geração a reclamar, como ouvimos na letra da música dos Deolinda, e já com as manifestações agendadas da “geração à rasca” prontas para descer a avenida. Mas será que têm razão?
Todos nós estudámos, uns mais e outros menos, e todos sonhámos ser alguma coisa “quando fossemos grandes”. Fizémos o 12º ano, escolhemos e concorremos aos cursos para aquilo que sonhávamos ser. Continuámos a estudar para nos formarmos e, tendo o futuro como horizonte, conseguir trabalhar na profissão escolhida em troca de algo ao final do mês.
Mas para muitos isto não passou de um sonho porque a realidade é bem diferente.
Arranjar trabalho só é possível para alguns e isso acaba por depender, não da qualidade de cada um como candidato, mas apenas da carreira que optou por escolher. Aqui a diferença que os distingue são os empregadores potenciais para os diferentes cursos.
Se estão dependentes de oportunidades no sector privado é mais fácil encontrar uma saída profissional. Mas aqueles que têm, directa ou indirectamente, uma maior dependência do sector público não terão facilidade em arranjar trabalho.
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