A solução para o nosso país terá que passar pelo “deleverage” da nossa economia. Este será o primeiro passo numa caminhada dolorosa que nos fará sair deste beco escuro para onde fomos conduzidos.
A ilusão que nos venderam quando aderimos ao projecto europeu, que os nossos salários e os nossos padrões de consumo se equipariam aos dos outros países europeus, era uma ficção com a nossa produtividade, alimentada pelos bancos com o recurso ao crédito fácil e barato pós-euro.
Ninguém teve a lucidez e a coragem de explicar aos portugueses que não podiamos receber o mesmo salário fazendo menos e fazendo pior. Na união económica e monetária, a competitividade é um factor crítico de sucesso. A verdade é que fomos uma economia demasiado fraca, com uma moeda demasiado forte, por demasiado tempo.
Ora, neste momento, só seremos competitivos pela deflação da nossa economia, através da redução dos custos de produção do lado do trabalho, ou seja, pelo corte dos salários.
Iremos fazê-lo num ambiente económico hostil, com os custos do petróleo, a cotação do euro, a taxa de inflação e a tendência das taxas de juro, a apontarem tudo no mesmo sentido, ou seja, em alta.
Mas, se fizermos tudo bem, teremos um futuro melhor. Teremos uma mão-de-obra mais qualificada, com ordenados mais baixos, activos mais baratos, uma moeda forte e estável. Estes serão os nossos pontos fortes que devemos aproveitar e não repetir os erros do passado.
Rapidamente, conseguiremos aumentar as nossas exportações, dado o elevado nível de qualificação aliado a uma mão-de-obra mais barata.
O euro será um factor positivo, dando aos investidores estrangeiros segurança para investirem em Portugal. Irão rapidamente perceber que os nossos activos se desvalorizaram, chegando ao ponto atractivo de compra dadas as nossas perspectivas de crescimento sustentado.
Voltaremos a ter níveis de endividamento, público e privado, dentro da razoabilidade e, aos poucos, voltaremos a ter acesso ao crédito.
O euro será o grande ponto forte da nossa economia, será o factor que dará a confiança necessária aos investidores para colocarem aqui o seu dinheiro.
Este será o único cenário que nos tirará deste beco sem saída, de uma forma sustentada e com crescimento futuro. Qualquer outra solução, será apenas mais uma ilusão para português ver, disso não tenho a mínima dúvida.
Mas será que iremos por este caminho? Eu espero que sim. Mas tenho medo que quando as dificuldades aparecerem, que serão muitas, os Portugueses optem pelos vendedores de ilusões, pelos que vendem soluções mais fáceis, mas que no final do dia, o que nós venderam não valia nada mesmo…
Diário do FMI em Portugal no Facebook
Há pois é... continua a existir um silenciar do FULCRO da Revolução na Islândia!!!
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NOTA: o FULCRO da Revolução na Islândia não é o discutir "pagamos" versus "não pagamos"... mas sim, o 'corte' com as regras da superclasse (alta finança - capital global):
- a superclasse (nota: controlam os media) quer Democracias-Fantoche... leia-se: Democracias facilmente manobráveis por lobbys...
- a superclasse não está interessada em Democracias aonde os cidadãos exijam, não só maior transparência aos governos, como também o Direito de VETAR as 'manobras' com as quais não concordam!
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UM EXEMPLO: Esta história do TGV nem era assunto de grande conversa!!!... Visto que:
- "Existindo várias empresas de transportes por rentabilizar (leia-se, com grandes prejuízos) como, por exemplo, a CP, a Transtejo, o Metro do Porto, etc; e estando o país sob a ameaça da bancarrota...vai-se construir mais uma empresa deficitária: o TGV!!!... Meus meninos (leia-se políticos) deixem-se de brincadeiras porque a coisa será VETADA pelo contribuinte! Mais, meus meninos (leia-se políticos) preocupem-se é em incentivar o aparecimento de empresas sustentáveis sem 'assalto' ao contribuinte".
ANEXO:
«A VERDADE INCONVENIENTE é que não existiam, na economia portuguesa, razões substantivas quer em termos do sector financeiro, quer em termos de dívida (mais baixa do que a da Itália), quer em termos de défice (mais baixo do que o de vários países da UE) que justificassem a dimensão dos fortíssimos ataques especulativos de que foi vítima, ao contrário da Irlanda ou da Grécia...»
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1- Os 'ataques' dos corruptos poderão custar milhares (ou milhões)... todavia, o cidadão poderá fazer alguma coisa...
2- Os 'ataques' dos especuladores custam milhares de milhões... e... o cidadão está de mãos atadas - não pode fazer nada!
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Resumindo e concluindo: é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização obtida através da realização de um REFERENDO.
P.S.
A superclasse é anti-povos que pretendem sobreviver pacatamente no planeta...
A superclasse protege o pessoal gerador de caos no planeta!
Um exemplo: o pessoal que anda numa corrida demográfica pelo controlo de novos territórios.
[nota: a superclasse ambiciona um Neofeudalismo - uma Nova Ordem a seguir ao caos... consequentemente, a Superclasse pretende dividir/dissolver Identidades para reinar...]