Agora é tempo de fazer as reformas necessárias no mercado de trabalho para sermos mais produtivos. Muitos confundem produtividade com regalias no trabalho. Tentam passar a ideia que, com mais regalias, seremos mais produtivos.
Em parte, é verdade. A grande questão é saber de que tipo de regalias estamos a falar porque elas não são todas iguais.
Se estamos a falar de prémios ou bónus, associados a objectivos de desempenho, isso realisticamente aumenta a produtividade do trabalhador. Ele fará tudo para cumprir os seus objectivos e para ser recompensado.
A produtividade também aumenta com melhores condições de trabalho, local agradável, bom ambiente, actividades extra-laborais como ginásio, piscina, creche para os filhos, etc. Passará também por um “management” competente, que premeia o mérito e a competência, focado na rentabilidade da empresa, deixando de lado os interesses pessoais e quezílias. Tem que saber motivar, ser líder e ter espírito de grupo.
Agora, quando falamos de regalias no âmbito da “garantia” do posto de trabalho, esse tipo de regalias só afecta a produtividade. É deixado de lado o mérito em favor do “direito” ao emprego, que leva depois a um “relaxar” da produtividade por parte do trabalhador.
Não se pode ficar com um emprego por decreto, mas sim por competência. Ocupar um lugar, sem mérito, que podia pertencer a alguém com mais valor, maior capacidade de trabalho, melhor produtividade, é condenar essa empresa a ser menos competitiva e a enfraquecer a sua posição no mercado.
A questão aqui é a própria natureza humana. Quem não percebe isto e não vê a sua importância nas relações laborais, não está a entender um dos aspectos fundamentais do sucesso ou do fracasso na economia.
Todos nós necessitamos do factor “cenoura”, do factor motivação, para demonstrar as nossas capacidades, sermos puxados aos limites para atingirmos os nossos objectivos. E com isso, teremos tudo por mérito e não por decreto…
Diário do FMI em Portugal no Facebook
Outra cenoura:) As remunerações seguirem um Princípio de Proporcionalidade Justa.
ResponderEliminarPor exemplo, no Estado, ninguém auferiria remunerações X vezes menores do que ninguém. Com esse princípio se distribuiriam as remunerações porque esse X a verdadeira Coesão Social:) Curioso é que já há empresas privadas, não em Portugal :( a trabalhar e remunerar com este princípio