Ontem, após a apresentação dos traços gerais do novo orçamento, ficou claro que as nacionalizações vão continuar. Vão ser cada vez mais as empresas e pessoas que vão trabalhar para pagar os impostos. Vamos continuar a assistir a nacionalização da economia por via dos impostos!
Independentemente das medidas tomadas a minha convicção mantém-se: o FMI terá que intervir no nosso país mais cedo ou mais tarde. E quando jornalistas e comentadores dizem que as medidas são de FMI, é porque não sabem bem o que lhes espera.
Na situação em que Portugal está, uma das medidas que o FMI iria tomar seria aplicar um hair-cut na nossa dívida ou negociar uma reestruturação com os credores. Dado que estamos na zona euro e ninguém quer ouvir falar de default porque “implica” a saída do país do Euro, as medidas vão ter que ser bem mais duras para compensar esse esforço, que com um default seria bem mais simples, mas obviamente com outros custos. Não sei se referiria esses custos, ou mesmo, será que isso é inevitável? Sinceramente acho que neste ponto já é inevitável.